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O Brasil está entre os 10 países com maior potencial para o ecoturismo, segundo estudo do World Travel & Tourism Council (WTTC). Foto: Vecteezy |
O turismo de natureza no Brasil está prestes a dar um passo importante rumo à inovação. A IBY Socioambiental foi escolhida pelo Ministério do Turismo (MTur), em parceria com a Unesco, para liderar uma reformulação estratégica na governança da Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso e Conectividade – a RedeTrilhas.
A proposta vai além de ajustes técnicos. O objetivo é transformar a forma como as trilhas de longo curso são planejadas, geridas e promovidas no país, fortalecendo a sustentabilidade, a participação de comunidades e a conservação ambiental. Tudo isso faz parte de um projeto de cooperação internacional que une o MTur, a Agência Brasileira de Cooperação (ABC/MRE) e a Unesco.
A primeira etapa será um diagnóstico profundo do modelo atual de gestão da RedeTrilhas, que servirá de base para o desenvolvimento de uma nova estrutura de governança mais conectada com as boas práticas internacionais. O processo será colaborativo e vai envolver atores dos setores ambiental, turístico, cultural e governamental.
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Estudos do Instituto Chico Mendes (ICMBio) indicam que trilhas sinalizadas e bem estruturadas podem aumentar em até 50% o número de visitantes em unidades de conservação. Foto: FreePik |
Criada em 2018, a RedeTrilhas já soma 12 trilhas oficiais e se destaca como uma das principais iniciativas para integrar o turismo e a conservação no Brasil. A modernização do sistema abre espaço para a expansão da rede e para a criação de novos roteiros que promovam o turismo sustentável e gerem renda em territórios diversos.
Para Julio Itacaramby, coordenador geral do projeto, a mudança vem na hora certa.
“Estes instrumentos podem ser atualizados e fortalecidos para atendimento às melhores práticas de governança em prol do desenvolvimento do turismo sustentável e da conectividade de paisagens. A formulação de um novo sistema de governança irá contribuir também para atendimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) 8 e 12, e também das metas 3, 11, 12 e 20 do acordo de Kunming-Montreal da Convenção de Diversidade Biológica (CDB)”, destacou.
A reestruturação também vai impulsionar a comercialização de experiências turísticas ligadas às trilhas, posicionando o Brasil como referência global em turismo ecológico e responsável.
Fonte: Ministério do Turismo