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A pesquisa analisou 223 territórios, que já perderam, em média, 36,5% de sua cobertura original. Foto: Freepik |
Um estudo do Instituto Socioambiental (ISA), divulgado nesta quarta-feira (2), comprova que as Terras Indígenas (TIs) nos biomas Caatinga, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal mantêm 31,5% mais vegetação preservada em comparação com áreas não indígenas. A pesquisa analisou 223 territórios, que já perderam, em média, 36,5% de sua cobertura original, independentemente do estágio de demarcação.
O Pampa aparece como o bioma com maior proporção de desmatamento nas TIs, com 62,5% de sua vegetação original já devastada. No entanto, a maior parte da degradação nos biomas estudados ocorreu antes dos anos 2000, sendo que mais de 90% do desmatamento da Mata Atlântica aconteceu até aquele período.
O estudo também destaca que a demora na demarcação de Terras Indígenas contribui para a degradação ambiental. Dados do Sistema de Áreas Protegidas (SisArp), plataforma do ISA que cruza informações sobre desmatamento, conflitos e pressões territoriais, reforçam essa conclusão.
Segundo o relatório, além de frear a destruição, a demarcação de TIs impulsiona a regeneração da vegetação, comprovando a eficácia do manejo ambiental indígena. Somente a posse indígena efetiva garante a integridade socioambiental dessas áreas. Políticas de proteção devem ser integradas, considerando aspectos sociais, culturais e ambientais.
Resultados
- Terras Indígenas preservam 31,5% mais vegetação que áreas não demarcadas.
- Pampa lidera em desmatamento, com 62,5% de perda.
- Demarcação reduz degradação e aumenta regeneração.
- Conflitos e invasões ameaçam direitos indígenas e o meio ambiente.
Os resultados reforçam a importância da demarcação de terras e da proteção ambiental indígena como estratégias eficazes contra o desmatamento.
Fonte: ISA