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Embaixador André Corrêa do Lago, Ana Toni e ministros vão impulsionar temas importantes da conferência sobre o clima. Foto: Diogo Zacarias/MF |
A Presidência da COP30 anunciou, em 11 de abril, a criação de quatro círculos de liderança com foco em temas cruciais para o avanço do combate à mudança do clima e a mobilização global para a conferência em Belém. Os grupos vão facilitar o debate e a busca por soluções em financiamento climático, direitos de povos originários e tradicionais, governança climática e engajamento mundial.
O objetivo central é impulsionar a implementação do Acordo de Paris e estimular ações climáticas contínuas. Cada círculo operará de forma independente, fornecendo suporte direto à Presidência da COP30.
Liderado pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, e pelo presidente Lula, o grupo vai promover diálogos em regiões críticas do planeta, ouvindo lideranças indígenas, culturais, religiosas e políticas. As contribuições — que podem ser em forma de arte, poesia, música ou documentos — serão levadas à COP30 como expressão da diversidade de vozes na luta climática.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comandará o “Círculo de Ministros de Finanças”, voltado à construção do Mapa do Caminho Baku-Belém. A meta é viabilizar US$ 1,3 trilhão anuais até 2035 para países em desenvolvimento. O grupo reunirá ministros da área econômica, especialistas, setor privado e sociedade civil.
A ministra Sonia Guajajara estará à frente do “Círculo de Povos”, que busca garantir maior participação de indígenas, comunidades tradicionais e afrodescendentes na COP30. A proposta é integrar saberes ancestrais às soluções climáticas globais, com respeito às práticas e visões desses povos.
Pela primeira vez, os presidentes das últimas dez COPs vão se reunir em um mesmo grupo. O “Círculo de Presidentes” será liderado por Laurent Fabius, ex-chanceler da França e presidente da COP21, que resultou no Acordo de Paris. A missão é fortalecer a governança climática e acelerar sua implementação.
Com esses círculos, a COP30 busca tornar Belém um marco da ação global pelo clima, reforçando o compromisso com justiça climática, inclusão e financiamento para a transição justa.
Fonte:
MMA