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O índice de 16% no PIB por pessoa ultrapassa a meta do Acordo de Paris. Foto: Freepik |
Um novo estudo da Universidade de New South Wales (UNSW), na Austrália, publicado na revista Environmental Research Letters, alerta que um aumento de 4°C na temperatura global pode reduzir o PIB médio por pessoa em até 40% até 2100. O impacto é quase quatro vezes maior do que estimativas anteriores e destaca os graves riscos econômicos das mudanças climáticas.
Os pesquisadores analisaram três modelos econômicos influentes (Burke15, Kahn21 e Kotz24) sob um cenário de altas emissões (SSP5-8.5) e outro de baixas emissões (SSP1-2.6). Quando considerados apenas os efeitos locais do clima, as perdas projetadas foram menores: -28%, -4% e -11%, respectivamente. No entanto, ao incluir os impactos climáticos globais, o modelo Kotz24 indicou uma queda drástica de 40% no PIB per capita.
Mesmo se o aquecimento for limitado a 2°C — meta do Acordo de Paris —, a economia global ainda sofreria uma redução de 16% no PIB por pessoa, valor muito acima da estimativa anterior de 1,4%.
Os autores destacam que os modelos tradicionais subestimam os efeitos das mudanças climáticas ao considerar apenas variações locais, ignorando interdependências globais.
"Os impactos econômicos futuros são uma das questões mais urgentes da economia. Nossos dados mostram que as projeções atuais estão muito abaixo da realidade", afirmaram.
O estudo reforça a necessidade de ações imediatas para reduzir emissões e evitar perdas econômicas catastróficas.
Fonte: Revista Environmental Research Letters.