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O programa amplia agora investimento para energias renováveis, biocombustíveis e agropecuária sustentável. Foto: Vecteezy |
O Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (Fundo Clima) atingiu um marco inédito em 2024, consolidando-se como uma das principais ferramentas do governo federal para impulsionar a transição ecológica no Brasil. Com um volume recorde de R$ 10,456 bilhões em recursos na modalidade reembolsável — gerenciada pelo BNDES —, o fundo superou em 23 vezes a média anual de aplicação desde sua criação, em 2009.
Os avanços foram apresentados, em 25 de março, pelo Comitê Gestor do Fundo Clima, que aprovou a prestação de contas do ano passado. O ministro substituto do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), João Paulo Capobianco, destacou o papel estratégico do programa.
"O Fundo Clima se tornou um dos principais motores da transformação ecológica do Brasil, com investimentos históricos no enfrentamento à emergência climática."
Investimentos em energias limpas e redução de emissões
Na modalidade não reembolsável, o MMA destinou R$ 4,7 milhões a sete projetos focados em reduzir a vulnerabilidade climática em áreas urbanas e rurais. Já na linha reembolsável, os recursos foram direcionados a iniciativas como:
- Geração de energia solar e eólica (18 projetos)
- Fabricação de biocombustíveis (5 projetos)
- Transporte rodoviário coletivo (6 projetos)
- Beneficiamento sustentável de lítio (1 projeto)
Além disso, 177 projetos em outras frentes receberam financiamento, ampliando o alcance do fundo para 21 unidades da federação, com crescimento expressivo nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. No Nordeste, os valores saltaram de R$ 51 milhões em 2022 para R$ 1,85 bilhões em 2024. Na região Centro-Oeste, os valores aprovados foram de R$ 129 milhões em 2022 para 2,1 bilhões em 2024.
Impacto ambiental e geração de empregos
As operações aprovadas em 2024 têm potencial para evitar a emissão de 86,6 milhões de toneladas de CO₂ — equivalente a nove meses de poluição da Grande São Paulo. Na fase de implantação, a expectativa é de criar 52 mil empregos, fortalecendo cadeias produtivas sustentáveis.
Com esses resultados, o Fundo Clima se consolida como peça-chave da política ambiental brasileira, impulsionando a bioeconomia, agropecuária de baixo carbono e energias renováveis. A expectativa é que, em 2025, os investimentos continuem acelerando a transição verde e ampliando soluções inovadoras contra a crise climática.
Fonte: MMA