Consertar: a moda sustentável que economiza e preserva o planeta

Foto: Vecteezy

Em um mundo cada vez mais consciente, a moda sustentável ganha força. Incentivar o reparo de roupas e conserto de sapatos é uma atitude inteligente que vai além da economia. 

Ao invés de descartar peças com pequenos defeitos, prolongar sua vida útil reduz o consumo desenfreado e o impacto ambiental da indústria têxtil, conhecida por gerar grande quantidade de resíduos.

O mercado de roupas de segunda mão cresceu 21% em 2023. Foto: Freepik

Dados recentes mostram que o mercado global de moda circular, que inclui o reparo e a revenda de peças, deve atingir US$7 trilhões até 2030. 

Segundo relatório do Meio Ambiente, de 2019, da Organização das Nações Unidas (ONU), a indústria da moda é responsável por 10% das emissões globais de carbono. Ao optar por reparos, os consumidores podem reduzir significativamente sua pegada ecológica.

 "Consertar é um ato de resistência contra a cultura do descarte", afirma Ana Lúcia, especialista em moda sustentável.

Aprender a costurar botões, fazer pequenos ajustes ou procurar um sapateiro local são alternativas acessíveis e vantajosas. Pequenos reparos podem evitar grandes estragos e garantir que suas peças favoritas durem por mais tempo. Ao optar pelo conserto de roupas e sapatos, você economiza dinheiro, reduz o lixo têxtil e ainda contribui para um planeta mais sustentável.

Dicas por onde começar

  • Aprenda o básico: Tutoriais online ensinam costuras simples e técnicas de reparo.
  • Procure um profissional: Sapateiros e costureiras oferecem serviços de qualidade a preços acessíveis.
  • Reutilize materiais: Use retalhos de tecido para customizar ou consertar suas roupas.
  • Organize um "dia do conserto": Reúna amigos e troquem dicas e habilidades.

Dados recentes do setor

A moda sustentável já movimenta US$ 6,35 bilhões globalmente, com previsão de crescimento de 9,1% ao ano até 2030, de acordo com a consultoria McKinsey. Além de economizar dinheiro, consertar roupas e sapatos valoriza o trabalho artesanal e fortalece a economia local.

"Reparar é uma forma de ressignificar o consumo e valorizar o que já temos", conclui a consultora de moda eco-friendly, Carla Mendes.

Vale ressaltar que mercado de roupas de segunda mão cresceu 21% em 2023, segundo o relatório da ThredUp. Já a procura por tecidos orgânicos e reciclados aumentou 30% nos últimos dois anos.

Empresas estão investindo em programas de logística reversa para recolher roupas usadas e transformá-las em novos produtos.

Fonte: ONU


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