 |
| O próximo debate dos 196 países do GBF será em Roma. Foto: Vecteezy |
A Comissão Nacional de Biodiversidade (Conabio) estabeleceu 23 metas nacionais para a preservação da biodiversidade no período de 2025 a 2030. As diretrizes, que integram a Estratégia e Plano de Ação Nacionais para a Biodiversidade (NBSAP), foram recomendadas ao governo federal e visam regenerar os biomas brasileiros, alinhando-se ao Marco Global de Kunming-Montreal (GBF).
A primeira meta busca reduzir a perda de biodiversidade, com foco no planejamento territorial participativo e na meta de zerar o desmatamento no país. As demais incluem ações de restauração e conservação de ecossistemas, combate à extinção de espécies, redução de poluição e controle de espécies exóticas invasoras.
O documento reforça o compromisso do Brasil como signatário do GBF, estabelecido em 2022, e destaca a importância de integrar mudanças climáticas e uso sustentável da terra nas políticas públicas. As metas representam um passo crucial para a proteção da biodiversidade brasileira e o desenvolvimento sustentável.
Roma sedia novo debate da Cop16
Após o impasse na COP16 em Cali, Colômbia, os 196 países signatários do Marco Global para a Biodiversidade (GBF) se reunirão em Roma, Itália, a partir da próxima semana. O objetivo é superar os entraves na regulamentação do acesso e repartição de benefícios dos recursos genéticos, um dos pontos cruciais para o avanço dos Planos Nacionais de Biodiversidade (NBSAP).
A expectativa é que a rodada de negociações em Roma impulsione a apresentação dos NBSAP, especialmente por parte dos países menos desenvolvidos, que necessitam de apoio para consolidar suas estratégias de proteção da biodiversidade.
O Brasil, um dos principais atores nas negociações, reforçou a importância de otimizar o Fundo do Marco Global para a Biodiversidade (GBFF), gerido pelo GEF, para garantir o financiamento necessário aos países em desenvolvimento.
A otimização do GBFF é considerada essencial para viabilizar a implementação de políticas de conservação alinhadas às metas internacionais, garantindo que os países em desenvolvimento tenham os recursos necessários para proteger sua biodiversidade e contribuir para os objetivos globais de preservação do meio ambiente.
Brasil amplia financiamento
O Brasil aumentará os recursos para a NBSAP1, alinhando-os ao PIB nacional e buscando contribuir com a meta global de US$ 200 bilhões anuais até 2030. O plano inclui parcerias com a iniciativa privada e o fortalecimento dos povos tradicionais na conservação ambiental.
Entre as prioridades estão a eliminação de subsídios prejudiciais e o fomento à capacitação e transferência de tecnologia para o manejo sustentável. Esses temas serão debatidos em fóruns internacionais, como Roma, reforçando o compromisso do país com a agenda ambiental.
O documento final, publicado no Diário Oficial da União (20), resultou de nove meses de consulta pública na Plataforma Brasil Participativo, com ampla participação social. A medida consolida um plano robusto para a proteção da biodiversidade brasileira.
Fonte: Agência Brasil
