Amazônia: governo amplia combate ao desmatamento em 70 cidades

Dados do INPE apontam redução de 46% no ritmo de desmatamento no bioma em 2024. Foto: Vecteezy

O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) deu um passo importante no combate ao desmatamento na Amazônia Legal. Nesta quinta-feira (20/03), foi assinado um contrato de R$ 61 milhões para a estruturação dos Escritórios Municipais de Governança, que vão monitorar o desmatamento em 70 municípios prioritários da região.

A iniciativa visa equipar os municípios com veículos, embarcações, computadores e drones, além de oferecer capacitação e assessoria técnica. O objetivo é fortalecer as ações de monitoramento e controle ambiental, qualificando as equipes locais para combater o desmatamento, a degradação florestal e promover práticas sustentáveis.

"O acordo é um passo importante para equipar os municípios no combate ao desmatamento", disse a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Segundo ela, integrar governos e sociedade torna a fiscalização mais eficaz.

Ações integradas

O programa "União com Municípios", do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm), é a base dessa iniciativa, que conta com o apoio do Projeto Floresta+ Amazônia, em parceria com o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

A iniciativa busca reforçar a trajetória de queda do desmatamento na Amazônia, acentuada a partir de 2023. Segundo o sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), houve redução de cerca de 46% no ritmo de desmatamento no bioma em 2024 ante 2022. No último ano, de agosto de 2023 a julho de 2024, a diminuição foi de 30,63% em relação ao período anterior. É o maior declínio percentual em 15 anos.

Territórios protegidos

Para o secretário extraordinário de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial do MMA, André Lima, a criação dos escritórios de governança é fundamental para manter a floresta em pé nos territórios mais vulneráveis da Amazônia Legal. 

"Os municípios amazônicos são peças-chave para os esforços contra o desmatamento e queimadas. Com esse suporte, terão condições reais de atuar na proteção de seus territórios e na implementação de políticas ambientais eficazes", enfatizou Lima.

Legado ambiental

O representante-residente do PNUD no Brasil, Claudio Providas, destacou os esforços do governo federal para criar um legado duradouro de proteção ambiental no bioma. 

"É com grande honra que o PNUD se soma para reduzir ainda mais o desmatamento na Amazônia e consolidar uma nova era de gestão ambiental, protagonizada pelos próprios municípios, em sintonia com os compromissos climáticos e de conservação do Brasil, e principalmente com a Agenda 2030", declarou.

Fonte: MMA 


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