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| Foto: Vecteezy |
No cenário do empreendedorismo nacional, empresas inovadoras têm se destacado ao transformar desafios ambientais e sociais em soluções de alto impacto. Um exemplo claro desse movimento é a startup goiana BioUs, que desenvolveu uma plataforma biotecnológica para a produção de biofertilizantes e biopolímeros a partir de resíduos agrícolas. Utilizando bactérias “do bem”, a empresa reaproveita esses resíduos para produzir um biopoliéster 100% biodegradável e biocompatível, contribuindo para um futuro mais sustentável.
A empresa mudou de rumo após participar, em 2021, do Catalisa ICT, programa do Sebrae que transforma pesquisas científicas em soluções inovadoras. Segundo Raimundo Lima, CEO da BioUs, o trabalho começou com uma consultoria técnica, em 2013, com o propósito de aumentar a produção agrícola sustentável.
"A gente fez uma transição de consultoria técnica para uma formatação de uma solução nos moldes do campo de inovação em startup. Tanto que a BioUs foi só fundada seis meses depois do início do plano de inovação", Lima.
Desde então, a startup vem ganhando destaque no mercado e já captou mais de R$ 1,5 milhão em investimentos, expandindo suas operações para a Europa e a Ásia. O faturamento do negócio cresceu 150% de 2023 para 2024.
Diagnóstico precoce como ferramenta de prevenção
Outro exemplo de inovação vem da LookInside, startup sergipana que desenvolveu o software AFoot® Care, voltado para análise de riscos de amputação em pés de pessoas diabéticas. A tecnologia permite que médicos capturem imagens detalhadas dos pés dos pacientes e identifiquem precocemente sinais de alerta, como unhas encravadas, calos e bolhas, possibilitando ações preventivas mais eficazes.
Dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV) mostram que um diagnóstico ágil pode evitar até 50% das amputações no Brasil, um número alarmante diante das mais de 282 mil cirurgias desse tipo realizadas no SUS entre 2012 e 2023.
A participação da LookInside no Catalisa ICT foi decisiva para sua inserção no ecossistema de inovação e expansão internacional, explica Hemílio Carvalho Júnior, cofundador da empresa.
"Atualmente, nosso negócio está em processo de expansão, e a participação no Catalisa ICT foi essencial para validar tecnologias, aprimorar nossas estratégias de prevenção intelectual e ajustar os procedimentos relativos à entrada regulatória no mercado", finaliza Carvalho.
A startup inclusive, está com o projeto na incubadora da Universidade de Coimbra, em Portugal, e segue aprimorando suas soluções para impactar ainda mais pacientes ao redor do mundo.
Fonte: Sebrae
