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Fotos: divulgação Arte Nativa da Amazônia |
Acessório único e divertido promete ser a sensação do carnaval de rua nas regiões Norte e Sudeste do Brasil
Por Luciana Bezerra
No coração verde da Amazônia, onde a vida se entrelaça em uma dança exuberante, entre a melodia dos rios e a sinfonia da floresta, unida a um espetáculo de cores que embalam o cotidiano e cultura local, um casal de artesãos amazonenses decidiu inovar e criar uma coleção de bolsas inspirada em peixes típicos da região. A iniciativa ousada é fruto da parceria entre Luzimeire Cavalcante e o designer Francisco Oliveira, que juntos dão vida à "Arte Nativa da Amazônia", marca que celebra a identidade amazônica através de peças únicas e artesanais.
A
coleção "Peixes da Amazônia" homenageia a fauna aquática local, reproduzindo
em detalhes espécies como: jaraqui, pacu, piranha, tambaqui, pirarucu e curimatã, entre outros. A
ideia, segundo Luzimeire, que falou com o ConectaEco, nesta terça-feira (28/01), surgiu da necessidade de criar um produto que
representasse os costumes e o comportamento do povo amazônico.
"Eu trabalhava com sacolas temáticas, quando o Francisco teve a ideia de criar bolsas em formato de peixe amazônicos. Ele desenhou a arte e pediu para eu costurar. A peça em si era uma carteira e a primeira tentativa não ficou tão perfeita. Mas minha mãe, que também é costureira, ajudou. A partir daí o acessório virou um ícone da moda manauara", conta Luzimeire, referindo-se ao protótipo da agora famosa 'peixete', bolsa em formato de peixe.
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Look bem manauara com a 'peixetes' de Tambaqui e Curimatã |
Inicialmente, o produto era apenas uma peça complementar na linha de acessórios da marca, mas o impacto foi imediato. Clientes de Manaus se encantaram com a proposta e batizaram o acessório de "peixete", uma mistura de pochete com peixe. "O nome foi sugerido por um cliente. Adotamos a ideia e o público adorou. Hoje, é um dos itens mais vendidos da nossa marca", revela a empreendedora.
A
aceitação calorosa reforça como a moda pode ser uma ferramenta poderosa de resgate
e valorização da cultura regional de uma comunidade.
Viralizou na rede
O
sucesso da 'peixete' transcendeu as fronteiras do Amazonas, ganhando notoriedade
nacional e internacional, após o ator e diretor Silvério Pereira, exibir a peça
durante viagem à Nova York, em 2024 e compartilhar a experiência nas redes
sociais, impulsionando assim, a popularidade do acessório. "O Silvério
comprou a 'peixete' piranha, quando visitou Manaus, ano passado. Depois de postar com a peça nas
redes, recebemos pedidos de todo o Brasil. Manaus é nosso maior mercado, mas
consumidores do Rio de Janeiro e São Paulo estão cada vez mais
interessados no produto. Principalmente, neste período que antecede o
carnaval", destaca Luzimeire.
A
repaginação da pochete, antes vista como um item ultrapassado da moda dos anos
90, mostra que o design criativo e a conexão com a cultura podem transformar percepções.
A 'peixete' é prática, estilosa e versátil, características que
explicam seu apelo junto a diferentes públicos.
Sobre a marca
A
marca manauara "Arte Nativa da Amazônia" transforma o potencial da
região em peças de moda únicas e cheias de significado. Ao celebrar a cultura e
os saberes locais, a marca demonstra como é possível inovar e empreender de
forma responsável, gerando produtos que vão além da estética, conectando as pessoas
com suas raízes e promovendo o orgulho pela identidade amazônica.
Além das
'peixetes', a marca produz também sacolas, chaveiros, almofadas, jogos de mesa,
entre outros itens, todos voltados à cultura local.
Fonte: Arte Nativa da Amazônia